RITUAL II
Tiago Malta
Cruze o Rio Negro
Mas não se engane
Não existe magia configurada de fábrica
Mas quando estiver em sua margem
Olhe para os lados
Como o tolo que atravessa a estrada
E tente receber a benção das arvores
A saideira é o cheiro da floresta e seu Imprinting
Pode acessá-lo quando quiser
Quando em fuga estiver
Use-o para teleportar ao Rio Negro
Em cada jardim, gramado ou pomar
Faça reverência as plantas
Conecte-se
E aceite o passe
O cheiro da terra molhada, sinta
O cheiro de cidreira, capim limão, sinta
As chuvas do fim do verão, sinta
Esfregue a pele no mundo. Sinta
Agradeço ao passeio Amazônico
Mesmo em sonhos
Mas eu estive lá, eu toquei seu chão
Minha mente fez parte dela
E cultiva amor e pede sua permanência
Há magia em nossa volta
Só não vêm configurada de fábrica
Demarcada ou registrada
Está no ar, entre átomos de oxigênio
Deixe escorrer entre seus cabelos
Esfregar o seu dorso
As varinhas são seus polegares e indicadores
Use-os pra sentir a Terra girar
No final é a mesma coisa
Pessoas descobrindo
Vivendo sem se preocupar muito com o próximo Ritual
E seus resultados
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