Pagode Em Brasília

Orgulho regional e cotidiano rural em “Pagode Em Brasília”

“Pagode Em Brasília”, de Tião Carreiro e Pardinho, destaca o orgulho regional e a celebração da identidade nacional ao mencionar figuras históricas e conquistas brasileiras, como a construção de Brasília. No trecho “Bahia deu Rui Barbosa, Rio Grande deu Getúlio, em Minas deu Juscelino, de São Paulo eu me orgulho”, a música faz referência direta a personalidades marcantes do país, conectando-as ao sentimento de pertencimento e valorização das diferentes regiões. O verso “Quero ver cabra de peito pra fazer outra Brasília” reforça o tom de desafio e admiração pelo feito grandioso da construção da capital, considerado quase impossível de ser repetido.

A letra também traz elementos do cotidiano rural, com humor e simplicidade, como em “Quem tem mulher que namora, quem tem burro empacador, quem tem a roça no mato me chame que jeito eu dou”. Tião Carreiro e Pardinho usam situações comuns do campo para mostrar habilidade, experiência e uma certa malandragem, resolvendo problemas do dia a dia com soluções práticas. Expressões como “passo o couro e mando embora” e “dou de laço dobrado” reforçam o tom descontraído e típico da música caipira, ao mesmo tempo em que brincam com as dificuldades do interior.

O contexto do “pagode de viola” é essencial para entender a importância da música. Ao misturar a batida da viola com o violão, Tião Carreiro criou um ritmo inovador que se tornou símbolo da música sertaneja de raiz. “Pagode Em Brasília” exalta o orgulho de ser brasileiro e sertanejo, marcando um momento de renovação musical ao unir tradição e modernidade do campo e da cidade em um só ritmo.