
Preto Velho
Tião Carreiro e Pardinho
Solidão e resistência em "Preto Velho" de Tião Carreiro e Pardinho
A música "Preto Velho", de Tião Carreiro e Pardinho, retrata a dura realidade do trabalhador rural idoso, que após uma vida de dedicação, enfrenta ingratidão e abandono. O trecho “Com carinho carreguei / Os filhos do meu patrão / Em troca do que eu fiz / Só recebi ingratidão” resume o sentimento de injustiça e a falta de reconhecimento vividos por muitos trabalhadores do campo, tema frequente nas canções da dupla. O tom melancólico é reforçado pelo lamento repetido “É meu coração que dói”, mostrando a dor emocional causada não só pelo trabalho pesado, mas principalmente pela ausência de respeito e gratidão.
O título e o personagem central da música dialogam com a figura do "preto velho" das religiões afro-brasileiras, símbolo de sabedoria, paciência e resistência diante do sofrimento. Ao associar o trabalhador rural a essa entidade, a canção amplia sua crítica social, evocando a ancestralidade e a dignidade daqueles que, mesmo explorados e humilhados (“Sempre chamei de senhor / Quem me tratou a chicote”), mantêm a esperança de uma recompensa espiritual, como em “O que me resta é esperar / A recompensa do céu”. A metáfora “Eu sempre fui a madeira / E o patrão foi o serrote” reforça a ideia de exploração contínua, mostrando que ao trabalhador resta apenas a resignação e a fé como consolo diante da injustiça.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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