
Ara Pó
Tião Carreiro e Pardinho
Tradição e cultura afro-brasileira em “Ara Pó”
Em “Ara Pó”, Tião Carreiro e Pardinho resgatam elementos do jongo, uma manifestação afro-brasileira marcada pelo ritmo e pela coletividade, ao repetir o refrão “ara pó”. Esse termo, típico dos pontos de jongo, reforça a ligação com as raízes africanas e homenageia a cultura quilombola, ao mesmo tempo em que se integra ao universo da moda de viola, tradicional do interior paulista e mineiro. A música evidencia a fusão entre o rural caipira e as influências africanas presentes no cotidiano do sertão brasileiro.
A letra faz referência a personagens como o “nego véio” e a situações do campo, como a contagem de gado e o uso do laço de embira, aproximando o ouvinte das tradições e do dia a dia do interior. O verso “Amarrei o leão na linha / E o leão não escapou” traz uma metáfora sobre força e habilidade, destacando a destreza do trabalhador rural diante dos desafios. Já o episódio da boiada vendida para Dona Júlia, em que “comprou mil cabeças / Novecentas só passou”, brinca com a esperteza e a malandragem típicas do campo. O contraste entre o laço de imbira, que “não rebentou”, e o de couro, que se rompeu, valoriza o saber popular e os materiais simples, mostrando que a tradição e a criatividade do povo do interior são fontes de resistência e orgulho cultural.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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