
Adeus Rio Piracicaba
Tião Carreiro e Pardinho
Memória, identidade e luto em “Adeus Rio Piracicaba”
Em “Adeus Rio Piracicaba”, Tião Carreiro e Pardinho usam a forma de uma despedida amorosa para denunciar a degradação do rio que marca a cidade. O “adeus” é direcionado ao lugar e à memória coletiva que fazia do rio um símbolo regional, reforçado pelo verso “Piracicaba, Piracicaba, é minha vida”. O contraste entre “Já foi o rio mais bonito” e as “águas poluídas” organiza a narrativa de perda: o que foi “cartão de visita” e “cachoeira murmurante de água pura e cristalina” vira lembrança. A imagem do “véu” que enfeitava “nossa noiva da colina” personifica Piracicaba em estado de pureza e festa; quando esse véu some, rompe-se o vínculo simbólico entre comunidade e natureza. A canção lamenta e cobra, ressaltando o papel do rio na identidade cultural local dentro do repertório caipira da dupla.
O choro na letra é individual e coletivo. “Estou chorando na despedida” ecoa as “lágrimas do povo pelo rio que está morrendo”, fundindo sentimentos pessoais e dor comunitária. Há duplo sentido em “Entre águas poluídas vejo lágrimas correndo”: as águas parecem chorar, e a população chora com elas. O desfecho — “Eu choro por ver morrendo o rio de Piracicaba” — mostra que a despedida não é só de um lugar, mas de um modo de vida ligado ao rio. Serena e saudosa, a música transforma lembrança em alerta, unindo afeto, memória e denúncia contra a poluição e a destruição dos recursos naturais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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