Embolaê

Desejo e reconciliação em "Embolaê" de Tiee

Em "Embolaê", Tiee utiliza a expressão do título como um convite direto à intimidade e à reconexão física entre o casal. O termo, que remete a "embolar" no sentido de se enroscar ou se misturar, vai além da ideia de dançar junto e sugere uma entrega total, tanto emocional quanto corporal. Isso se evidencia em versos como “Seu corpo no meu” e “Mata a minha vontade”, onde o desejo de reviver a paixão e a saudade aparece de forma clara e sem rodeios.

A letra também aborda o arrependimento e o amadurecimento do personagem, que reconhece ter desperdiçado algo valioso no passado. Ao dizer “Eu tive o baú do tesouro em minhas mãos / Mas eu quis ser pirata por aí”, Tiee usa a metáfora do tesouro para mostrar que o eu lírico já tinha algo precioso, mas se deixou levar por aventuras passageiras, representadas pelo "pirata". Agora, ao afirmar que está “mil por cento seguro” e que não vai “deixar furo”, ele demonstra o desejo de mudar e valorizar o relacionamento. O refrão “Embolaê” reforça esse apelo para que o casal se reencontre, misturando desejo, saudade e esperança de um novo começo.