Os Cegos do Castelo

Superação e autoconhecimento em “Os Cegos do Castelo”

Em “Os Cegos do Castelo”, dos Titãs, Nando Reis aborda de forma direta o processo de libertação da dependência química. O “castelo” representa o isolamento e a falsa sensação de segurança que o vício proporciona, enquanto a “cegueira” simboliza a dificuldade de reconhecer a própria situação e os prejuízos causados. Quando canta “Eu não quero mais mentir / Usar espinhos que só causam dor”, o artista expressa o desejo de romper com padrões autodestrutivos e buscar honestidade consigo mesmo e com os outros.

A letra destaca a importância do autoconhecimento e da reconstrução pessoal, como fica claro em “a pé, até encontrar / Um caminho, o lugar / Pro que eu sou”. Esse trecho sugere uma jornada consciente e gradual em busca de um novo sentido para a vida. Já a frase “Eu não espero que um revólver venha explodir / Na minha testa se anunciou” reflete o enfrentamento do risco de autodestruição, comum em situações de dependência, e a escolha de seguir em frente com coragem. O refrão, ao mencionar o cuidado com o “lar”, o “jardim”, o “jantar”, o “céu e o mar”, amplia o tema da superação individual para o desejo de construir relações saudáveis e valorizar o que realmente importa. Assim, a música se destaca como um relato honesto sobre vulnerabilidade, esperança e a busca por redenção.