salto (part. ANAVITÓRIA)

Coragem e afeto diante do desconhecido em “salto (part. ANAVITÓRIA)”

A música “salto (part. ANAVITÓRIA)”, de Tó Brandileone, aborda a vulnerabilidade diante do desconhecido, usando a imagem do “segundo que antecede o salto do acrobata” para representar momentos de decisão e coragem. Essa metáfora reforça a ideia de que a vida é feita de incertezas e que, mesmo sem garantias, é preciso se arriscar, confiando no presente e nas relações que nos sustentam. O trecho “Se eu imagino o que tem no fundo do fundo das águas / Desse mar” amplia essa reflexão, sugerindo que existem mistérios e profundezas tanto no mundo quanto dentro de nós, e que nem sempre é possível entender tudo antes de agir ou sentir.

A música também traz à tona pensamentos sobre a morte, o tempo e a dor de quem fica, como em “Se eu penso que vamos morrer / E que até lá tem a vida”. Isso evidencia a consciência da finitude, mas valoriza o presente e a importância de viver plenamente ao lado de quem se ama. O refrão “Só sei que eu te quero comigo” resume essa busca por conexão afetiva como resposta à incerteza: diante do que não se pode controlar, o desejo de estar junto se torna o que há de mais verdadeiro. Assim, “salto” propõe uma entrega ao presente e ao afeto, mostrando que, mesmo sem saber os caminhos da vida, a companhia e o amor são essenciais para enfrentar dúvidas e medos.