
Desafinado
Tom Jobim
A autodefesa irônica e afetiva em "Desafinado" de Tom Jobim
"Desafinado", de Tom Jobim e Newton Mendonça, transforma uma crítica recorrente à bossa nova em motivo de orgulho e identidade. A música foi criada como resposta bem-humorada à acusação de que a bossa nova era "música para cantores desafinados". Ao afirmar "Se você disser que eu desafino, amor / Saiba que isto em mim provoca imensa dor", a letra revela a sensibilidade de quem é julgado, mas logo rebate com ironia: "Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu / Eu possuo apenas o que Deus me deu". Assim, a canção valoriza a autenticidade e a expressão pessoal, mostrando que a beleza musical não depende da perfeição técnica.
A menção à "Rolleiflex" insere a canção no cotidiano do Rio de Janeiro dos anos 1950, usando a fotografia como metáfora para registrar sentimentos e decepções: "Fotografei você na minha Rolleiflex / Revelou-se a sua enorme ingratidão". Ao dizer "Isto é Bossa Nova, isto é muito natural", a música ironiza as críticas e ajuda a consolidar a bossa nova como símbolo de leveza, espontaneidade e aceitação das imperfeições. No final, ao afirmar que "no peito dos desafinados também bate um coração", a canção humaniza e valoriza quem foge dos padrões tradicionais, defendendo que todos, mesmo os "desafinados", têm sentimentos profundos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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