
Fotografia
Tom Jobim
A dualidade entre desejo e despedida em “Fotografia”
“Fotografia”, de Tom Jobim, retrata com sensibilidade um encontro amoroso marcado pela beleza e pela melancolia. Jobim transforma um momento furtivo em uma cena íntima, usando imagens como “aqui neste terraço à beira-mar” e “sozinhos neste bar à meia-luz” para criar um clima de isolamento e cumplicidade. Esses cenários reforçam o tom nostálgico e sedutor da canção, típico da bossa nova, e refletem a efemeridade de um amor proibido. O contexto da composição, feita enquanto Vinicius de Moraes estava ausente, destaca o caráter pessoal da letra, sendo uma das primeiras em que Jobim assina sozinho tanto a música quanto as palavras.
A narrativa da música gira em torno de um romance que precisa se esconder, com a despedida inevitável marcada pelo verso “você tem que ir embora”. O ciclo do dia, do pôr do sol à noite, simboliza o tempo limitado desses encontros, enquanto a repetição de “aquele beijo” no final reforça a intensidade do desejo e a impossibilidade de prolongar o momento. O trecho “há sempre uma canção para contar aquela velha história de um desejo” conecta o drama dos personagens a uma experiência universal, mostrando como a música se torna refúgio e memória para amores impossíveis. Assim, “Fotografia” eterniza, com delicadeza, a beleza e a tristeza dos amores vividos à margem.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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