
Retrato Em Branco e Preto
Tom Jobim
Memória e saudade em “Retrato Em Branco e Preto” de Tom Jobim
A escolha do título “Retrato Em Branco e Preto”, com a inversão proposital das palavras, já indica uma abordagem diferente sobre a memória afetiva. Chico Buarque, parceiro de Tom Jobim na canção, usou o humor para justificar essa inversão, o que reforça a intenção de provocar o ouvinte e fugir do óbvio. A música explora a repetição dolorosa dos sentimentos, mostrando um personagem que reconhece cada etapa do seu sofrimento amoroso. Mesmo sabendo que “não vai dar em nada”, ele não consegue romper o ciclo de lembranças e saudade.
A metáfora do “álbum de retratos” mostra como as memórias, mesmo tristes, são guardadas e revisitadas, tornando-se parte da identidade de quem sente. A letra evidencia a luta interna entre o desejo de esquecer e a incapacidade de se libertar do passado: “Evito tanto e que, no entanto / Volta sempre a enfeitiçar”. O amor, mesmo negado, retorna como um feitiço, mostrando a força das emoções não resolvidas. O trecho “Vou colecionar mais um soneto / Outro retrato em branco e preto / A maltratar meu coração” reforça que cada tentativa de superação só gera mais uma lembrança dolorosa. O uso do “branco e preto” remete à tradição das fotografias antigas e sugere uma vida emocional sem cores, marcada pela melancolia e pela ausência de esperança, temas centrais na canção.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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