
O Bôto
Tom Jobim
Folclore e imaginação amazônica em “O Bôto” de Tom Jobim
Em “O Bôto”, Tom Jobim explora o folclore amazônico ao trazer a lenda do boto, o golfinho de água doce que se transforma em homem sedutor, como ponto central da narrativa. Ao mencionar um “bôto casado com sereia” navegando “num rio pelo mar”, Jobim une elementos de diferentes mundos: água doce e salgada, realidade e fantasia, humano e mítico. Essa fusão cria uma atmosfera de mistério e encantamento, típica das histórias contadas nas margens dos rios da Amazônia.
A música também destaca a natureza como protagonista, com animais conversando entre si, como em “caranguejo conversa com arraia” e “papagaio discute com jandaia se o homem foi feito pra voar”. Esses diálogos lúdicos levantam questões sobre os limites e desejos humanos, especialmente a busca por liberdade, simbolizada pelo debate sobre o voo. Jobim valoriza a fauna brasileira ao citar aves e animais típicos, como inhambu, urubu e urutau, reforçando seu compromisso com temas ecológicos. A repetição do verso “Ainda ontem vim de lá do Pilar / Já tô com vontade de ir por aí” expressa inquietação e desejo de explorar, em sintonia com a fluidez dos rios e a liberdade dos animais. A participação de Miúcha nos vocais contribui para o clima suave e sonhador, fazendo de “O Bôto” uma homenagem à cultura popular, à natureza e à imaginação brasileira.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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