
Trem de Ferro
Tom Jobim
Cotidiano e movimento brasileiro em “Trem de Ferro”
Em “Trem de Ferro”, Tom Jobim utiliza a repetição de “café com pão” logo no início para criar uma ligação direta com o cotidiano brasileiro e, ao mesmo tempo, reproduzir o ritmo constante do trem. Esse recurso, inspirado no poema de Manuel Bandeira, funciona como uma onomatopeia que marca o compasso da locomotiva, aproximando o ouvinte do ambiente da viagem ferroviária, elemento central da música tanto na letra quanto na melodia.
A canção mistura cenas típicas do interior do Brasil, como “passa ponte, passa poste, passa pasto, passa boi, passa boiada”, com imagens populares e poéticas, reforçando o tom animado e acessível da obra. O verso “Menina bonita do vestido verde / Me dá tua boca pra matá / Mim'a sede” expressa desejo e espontaneidade, características das festas e encontros do interior. Já “Vou mimbora, vou mimbora / Não gosto daqui / Nasci no sertão / Sou de Ouricuri” revela o sentimento de deslocamento e saudade, temas comuns na cultura nordestina. Ao unir esses elementos, Jobim transporta o ouvinte para dentro do trem, misturando nostalgia, movimento e o pulsar da vida cotidiana brasileira, tudo embalado pelo ritmo marcante inspirado no poema de Bandeira.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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