
Olha Maria
Tom Jobim
Despedida e liberdade feminina em "Olha Maria" de Tom Jobim
Em "Olha Maria", Tom Jobim apresenta uma despedida marcada por generosidade e maturidade emocional. O narrador reconhece que não pode prender Maria, mesmo desejando sua presença, pois só teria sofrimento a oferecer. Esse gesto revela uma compreensão do amor como liberdade, especialmente nos versos “Corre Maria / Que a vida não espera / É uma primavera / Não podes perder”. A referência à primavera reforça a urgência de viver intensamente e a ideia de que a felicidade de Maria está além do alcance do narrador.
A canção, que nasceu como peça instrumental e ganhou letra de Vinícius de Moraes e Chico Buarque, traz uma atmosfera sofisticada e melancólica. A letra foge dos clichês românticos ao retratar Maria como uma figura livre, associada à lua, ao mar e à cigania: “Maria cigana / Maria maré”. Essas imagens destacam o movimento, a transformação e a autonomia de Maria, sugerindo que ela pertence ao mundo e ao fluxo da vida, não a uma relação fixa. A menção à nudez e ao chamado da lua reforça a sensualidade e a independência feminina. Apesar do tom de despedida, há um incentivo à alegria e à busca de novos caminhos, tornando "Olha Maria" uma canção sobre o amor que liberta, marcada por uma tristeza elegante e uma aceitação serena do fim.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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