When I Close My Eyes

Solidão e memória em “When I Close My Eyes” de Tom Odell

A música “When I Close My Eyes”, de Tom Odell, explora como a mente pode servir tanto de abrigo quanto de armadilha diante da solidão. No verso “Then I realise you're just a ghost / Maybe at most, a fragment of my mind” (Então percebo que você é apenas um fantasma / Talvez, no máximo, um fragmento da minha mente), fica claro que o narrador encontra algum conforto ao imaginar a presença da pessoa amada, mas reconhece que tudo não passa de uma ilusão criada para aliviar a dor da ausência. Tom Odell se inspirou em experiências de perda e no desejo de reviver memórias, mesmo sabendo que a realidade é marcada pela solidão.

A letra reforça esse sentimento ao descrever a casa vazia e o impacto da partida, como em “The house, it feels so empty / 'Cause now I live alone” (A casa parece tão vazia / Porque agora moro sozinho). O cotidiano do narrador é permeado por tentativas de lidar com a saudade, seja respondendo ao vizinho curioso ou tentando se distrair com amigos. No entanto, o verdadeiro alívio só aparece quando ele fecha os olhos e as lembranças se tornam quase reais, mesmo que por pouco tempo. A repetição do refrão destaca esse ciclo de fuga e confronto com a realidade, mostrando como as memórias podem ser dolorosas e, ao mesmo tempo, reconfortantes. Assim, a música expressa de forma direta o conflito entre aceitar a perda e buscar consolo nas lembranças.