Why Do I Always Want The Things That I Can't Have

Desejo e frustração em "Why Do I Always Want The Things That I Can't Have"

A música "Why Do I Always Want The Things That I Can't Have", de Tom Odell, aborda de forma direta o ciclo de insatisfação e autossabotagem ligado ao desejo pelo que está fora de alcance. No verso “I've been looking for love in all the wrong places / Seeing your eyes in strangers faces” (Tenho procurado amor nos lugares errados / Vejo seus olhos em rostos de estranhos), Odell expõe a busca desesperada por conexão, mesmo sabendo que procura nos lugares errados. O artista utiliza essas imagens para mostrar a inquietação existencial e a tendência de buscar alívio em soluções passageiras, como vícios e a vida noturna, evidenciado em “Searching for God in all of my vices / Staying out till the Sun rises” (Procurando Deus em todos os meus vícios / Ficando fora até o sol nascer).

O refrão repetido “Why do I always want the things that I can't have?” (Por que eu sempre quero as coisas que não posso ter?) resume o sentimento de frustração diante de desejos inalcançáveis, um tema que Odell explora sem oferecer respostas fáceis, como ele mesmo já comentou em entrevistas. Metáforas como “we're on the edge of paradise” (estamos à beira do paraíso) reforçam a ideia de que a felicidade parece próxima, mas nunca totalmente acessível. A música também traz referências a vícios, solidão e conflitos familiares, como em “Listening to my father scream and / Laid on the bathroom floor just dreaming” (Ouvindo meu pai gritar e / Deitado no chão do banheiro só sonhando), ampliando o retrato de uma alma marcada por desilusões e pela tentativa de se reconstruir, simbolizada por “piece together all the bits of broken glass” (juntar todos os pedaços de vidro quebrado). Assim, a canção reflete as complexidades do desejo humano e a dor de querer o que está fora de alcance.