
Mãe (Mãe Solteira)
Tom Zé
Ambivalência e resistência materna em “Mãe (Mãe Solteira)”
Em “Mãe (Mãe Solteira)”, Tom Zé aborda de forma direta e sensível os conflitos vividos por mães solteiras, especialmente no contexto brasileiro. A música destaca como a figura do filho pode ser vista, ao mesmo tempo, como “pecado”, “culpa” e “salvação”, refletindo o peso do julgamento social e religioso sobre mulheres que fogem dos padrões tradicionais de família. Essa ambiguidade mostra o quanto a maternidade pode ser marcada por sentimentos contraditórios, mas também por uma profunda busca de sentido e redenção.
O contexto do álbum “Estudando o Samba” e a colaboração com Élton Medeiros reforçam a autenticidade do retrato apresentado por Tom Zé, que se inspira na realidade de muitas mulheres brasileiras. Um dos versos mais marcantes, “silêncio de aranha vomitando paciência pra tecer o seu destino”, compara a mãe à aranha, simbolizando sua resiliência e o esforço solitário de construir uma vida para si e para o filho. A letra também evidencia o peso do julgamento externo: “os vizinhos e parentes, a sociedade atenta e a moral com suas lentes”, mostrando como a mãe enfrenta críticas constantes enquanto lida com suas próprias dores. Ao afirmar que “o pai [do filho] é sua coragem”, Tom Zé destaca a força interior dessas mulheres, que transformam dificuldades em resistência e amor, desafiando normas e preconceitos para criar seus filhos sozinhas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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