Moeda Falsa

Crítica bem-humorada à economia global em “Moeda Falsa”

Em “Moeda Falsa”, Tom Zé faz uma crítica irônica à economia global, usando o dólar como símbolo de uma riqueza instável e ilusória. Ao dizer “O dólar é moeda falsa / Americano já não segura as calças”, ele ironiza a perda de poder econômico dos Estados Unidos, sugerindo que até mesmo os mais ricos estão perdendo o controle da situação. A música segue citando países europeus em situações constrangedoras — Alemanha “quase pedindo esmola”, Inglaterra sem calçola, Itália sem sutiã e Suíça sem higiene matinal — para mostrar que a crise atinge até as nações consideradas mais prósperas, usando imagens cômicas para destacar a fragilidade dessas potências.

O verso inicial, “E logo o Brasil, que vai ser um país rico, quando esse diabo de petróleo acabar”, traz uma ironia ácida: o Brasil só se tornaria rico quando o petróleo, símbolo do poder econômico mundial, se esgotar, ou seja, quando todos estiverem em situação de escassez. O refrão “Ô, cabrobrô / Eles vão toma no fiofó” encerra a música com humor escrachado, sugerindo que, no fim, todos esses países acabarão em apuros. Fiel ao seu estilo crítico e bem-humorado, Tom Zé transforma a crise econômica em uma sátira, expondo a vulnerabilidade dos poderosos e a ilusão das moedas fortes.