
Luar do Sertão
Tonico e Tinoco
“Luar do Sertão”: pertencimento, saudade e identidade
“Luar do Sertão”, com Tonico e Tinoco, transforma a Lua em medida de pertencimento. A cidade é “escura” não por falta de luz, mas por ausência de vínculo; já no campo, a Lua surge como “sol de prata” que “prateia a solidão”, iluminando por dentro e dando sentido ao silêncio da serra. Quando a viola “ponteia” e a canção “nasce do coração”, a música vira extensão da paisagem, resposta humana ao céu. O “galo triste” que carrega a “alma da Lua” personifica a natureza: é como se a própria noite pedisse voz, unindo gente e campo no mesmo fôlego.
O sentimento central é uma saudade mansa que se aprofunda no desejo de pertencer. Morrer “lá na serra”, numa “cova pequenina”, aparece como descanso no chão conhecido. A “sururina” que “chora a sua viuvez” faz a tarde parecer gente, lamentando a partida do dia, e sugere a finitude serena de quem se despede em casa. Esse contraste entre sertão e cidade, formulado por Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco (autoria marcada por disputa histórica), ganhou força na interpretação de Tonico e Tinoco, que ajudou a fixar a canção como hino da vida rural. Não à toa, a dupla levou o título ao cinema em 1971 e segue inspirando homenagens, como o programa “Luar do Sertão”. Esse luar virou símbolo coletivo de identidade e abrigo para quem tem o interior como norte.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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