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Pushit

Tool

Conflito e espelho em “Pushit”: amor, controle e fuga

A ambiguidade do título — “Pushit”, soando como “push it” — indica pressão invasiva, não convite. A voz confronta o parceiro e a si mesmo, como em “What is this but my reflection?” (O que é isso senão meu reflexo?). O motivo da “gap” marca a distância emocional e o medo de perder a identidade, reforçado por “take care not to make me enter / if I do, we both may disappear” (cuidado para não me deixar entrar / se eu entrar, nós dois podemos desaparecer). Imagens duras como “choke this infant here before me” (sufoque este bebê aqui diante de mim) revelam a tentativa de anular a parte vulnerável, enquanto o refrão “pushing and shoving me” (me empurrando e me empurrando com força) encena sufoco e controle. Há dependência e repulsa no mesmo gesto: “I’m alive when you’re touching me / alive when you’re shoving me down” (estou vivo quando você me toca / vivo quando você me empurra para baixo). Ainda assim, ele “trade it all / for just a little / piece of mind” (troca tudo / por só um pouco / de paz de espírito), priorizando quietude sobre um vínculo que aprisiona.

O conflito escala até o risco: “Rest your trigger on my finger / Bang my head upon the fault line” (encoste o gatilho no meu dedo / bata minha cabeça na linha de falha) transforma contato em detonação. Quando o outro “minimize my movement” (minimiza meus movimentos), o narrador tenta impor limites — “Managed to push myself away” (consegui me afastar) —, mas a tensão persiste até a constatação: “There’s no love in fear” (não há amor no medo). O desfecho mistura afeto e destruição — “Remember I’ll always love you / as I claw your fucking throat away” (lembre-se de que sempre vou te amar / enquanto eu arranco sua maldita garganta com as unhas) —, deixando a sobrevivência falar mais alto. Isso dialoga com a estética de Ænima: sussurros e camadas insinuam manipulação e paranoia, em sintonia com “Hands are on my back again / Survival is my only friend” (mãos estão nas minhas costas de novo / a sobrevivência é minha única amiga). Já a versão ao vivo em Salival, do acalmo à explosão, encena essa espiral de contenção e catarse como um rito de liberação.

Composição: Adam Jones / Danny Carey / Maynard James Keenan / Paul d\'Amour. Essa informação está errada? Nos avise.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.

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