
Minha Profissão
Toquinho
Voz sem fronteiras em “Minha Profissão”, de Toquinho
“Minha Profissão” não apenas descreve o ofício de quem vive da música; desloca a ideia de eternidade da obra para quem a canta e escuta: “o que vem da voz do povo que eterniza uma canção”. Ao se definir “meio mito, meio gente”, Toquinho reduz a distância da fama e se coloca como “meio parente” de uma multidão, alguém que fala de igual para igual com quem está do outro lado.
O eixo da canção é a música como ponte que atravessa fronteiras e diferenças. “Minha voz dispensa passaporte” resume essa universalidade: a canção chega ao sul e ao norte, à Itália e ao Japão, entra no cotidiano — “eu canto pelos rádios, no seu carro” — e também em momentos íntimos e contraditórios — “entre o amor e um cigarro, no aconchego dos motéis”. Quando ele diz “não escolhe gente boa, classe, raça ou religião” e enumera “pro vigário, pro prefeito, pro operário, pro patrão”, reforça que a música fala com todos, sem discriminação. Há ainda um olhar atento para realidades duras — “pra quem vende nas esquinas o amor sem emoção” — sem moralizar, acolhendo dores e cicatrizes de “amores infiéis”. O refrão-mantra “Construir acordes e harmonias, fazer música e poesia: é a minha profissão” mostra que esse ofício é mais que técnica: é serviço afetivo que só se completa quando a canção ganha vida na boca do povo — é aí que, de fato, ela se torna eterna.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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