
Cogito
Torquato Neto
Afirmação da identidade e autenticidade em “Cogito”
Em “Cogito”, Torquato Neto faz uma declaração poderosa de individualidade e autenticidade. A repetição do verso “eu sou como eu sou” mostra uma postura de autoafirmação, em que o artista reivindica sua identidade como algo único e intransferível. Essa ideia dialoga com o conceito filosófico do “cogito” de Descartes, mas Torquato desloca o foco do pensamento para a vivência autêntica. Quando ele diz “pronome pessoal intransferível”, reforça que cada pessoa é responsável por construir a própria identidade, mesmo diante das dificuldades, como sugere a expressão “na medida do impossível”.
O poema adota um tom direto e reflexivo, rejeitando máscaras e invenções sobre si mesmo, como nos versos “grandes segredos dantes” e “novos secretos dentes”. Ao se definir como “desferrolhado indecente”, Torquato Neto assume sua vulnerabilidade e não teme expor aspectos considerados inadequados ou marginais. No trecho final, “vidente / e vivo tranqüilamente / todas as horas do fim”, ele demonstra uma aceitação lúcida da própria existência e serenidade diante da finitude, seja ela a morte ou o fim de ciclos. Inserida no contexto do tropicalismo, a obra reforça a busca de Torquato Neto por inovação e liberdade, tornando “Cogito” um manifesto poético pela autenticidade e pelo direito de existir sem concessões.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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