WHAT TO DO? (feat. Don Toliver)

Culpa e confusão em "WHAT TO DO? (feat. Don Toliver)"

Em "WHAT TO DO? (feat. Don Toliver)", Travis Scott explora o impacto emocional e físico de noites marcadas por excessos. O verso repetido “Still fucked up, don't know what to do” (Ainda estou acabado, não sei o que fazer) evidencia o sentimento de estar preso em um ciclo de autodestruição, onde a ressaca não é só física, mas também emocional. A inspiração da música vem de experiências de hedonismo e suas consequências, algo refletido na letra que mistura lembranças confusas, arrependimento e a busca por sentido em meio ao caos.

A narrativa alterna entre momentos de prazer e culpa, como em “I woke up on the seventeenth / Drunk as hell, you tellin' me / I was in the club, full of jealousy / Damn near caught a felony” (Acordei no dia dezessete / Bêbado pra caramba, você me dizendo / Eu estava na balada, cheio de ciúmes / Quase cometi um crime). Esses trechos mostram como a diversão pode rapidamente se transformar em situações perigosas e sentimentos negativos. A produção noturna, com sintetizadores e violino, reforça a atmosfera de confusão e vulnerabilidade. Don Toliver, com vocais emotivos e Auto-Tune, acentua a sensação de desorientação e arrependimento, enquanto Travis Scott traz um tom mais sombrio, especialmente em versos como “Please don't make the wrong moves, 'cause my weapon cocked” (Por favor, não faça movimentos errados, porque minha arma está engatilhada). No fim, a música retrata a dificuldade de romper padrões autodestrutivos, mesmo reconhecendo suas consequências, e a busca por respostas em meio ao próprio caos.