Amazônia Eterna
Tribo Mundurukus
Chora, chora Amazônia!
Chora, chora Amazônia!
Minha insígnia já não é mais sagrada
Homem branco que tomar conta de tudo
Minha maloca já não mais feita de palha
O que verde tá se transformando em cinza
Urutau morreu queimado na tocaia
Canindé virou prisioneira de caça
O prenúncio da Amazônia é savana
Se viver chorando e não ser preservada
Minha seiva da vida, oh! Amazônia
Berço de vida
Mais de quinhentos anos não tenho sossego
Os meus pássaros solfejam o clamor
Tribos gritam pela paz na Amazônia
Semear a terra do semeador
Curupira não resiste a tanta mágoa
Cobra-grande tanta seca estorvou
O prenúncio da Amazônia é savana
Uirapuru, amiúde não cantou
Chora, chora Amazônia
Cunhantã dos olhos do mundo
És santuário, és nossa pátria
Cunhantã dos olhos do mundo
Somos teus filhos, és meus sustento
Queremos viver
Amazônia eterna!
Munduruku, Yanomami, Sateré
Kaiapó, Taulipang, Karajá
Waimiri, Atroari, Kaxinauá
Zoé-Poturu, Xavante, Araweté
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