Memórias de Um Peão
Trio Parada Dura
Aquela estrada preta de asfalto quente
Já foi um dia vermelha e empoeirada
Pisoteada pelos bois e os cavaleiros
Que lentamente transportavam a boiada
Ia na frente um valente boiadeiro
Chamando os bois pra boiada não estourar
Com seu berrante estremecia o grotão
Suas viagens pareciam não findar
O dia inteiro era uma luta arrojada
Um boi valente, outro que extraviava
O sol poente indicava o fim do dia
Quase sem forças chegavam na pousada
Depois do rango sempre tinha um companheiro
Bom violeiro para alegrar os peões
Ao som da viola esqueciam o cansaço
Sapateavam e curtiam as canções
Daquela lida hoje só resta a saudade
Dos boiadeiros de um tempo que longe vai
Quando eu vejo um caminhão e a boiada
No inconsciente ouço um berrante a tocar
Não fui peão, mas me lembro com detalhes
Ao recordar dá vontade de chorar
Pois o berrante que soa em minha mente
É de um velhinho, esse velho é meu pai
Foi o progresso que acabou com os boiadeiros
Pôs asfalto nas estradas, caminhões a transportar
Hoje a boiada já não pisa no estradão
E as memórias de um peão jamais irão se apagar
Hoje a boiada já não pisa no estradão
E as memórias de um peão jamais irão se apagar
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Trio Parada Dura e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: