Anathema

Solidão e autodefesa em "Anathema" de Twenty One Pilots

Em "Anathema", do Twenty One Pilots, o narrador expressa um forte sentimento de isolamento e incompreensão. A repetição de frases como “you’ll never know what’s behind my skull” (você nunca saberá o que está por trás do meu crânio), “what’s under my skin” (o que está sob minha pele) e “what’s in my veins” (o que está em minhas veias) evidencia uma barreira quase intransponível entre ele e o mundo ao redor. O título, "anathema", que significa algo amaldiçoado ou detestado, já antecipa esse tom de autoalienação, como se o próprio narrador se enxergasse como um estranho ou até mesmo uma maldição para si e para os outros.

O refrão traz o desejo de alívio das angústias mentais, com versos como “let the problems go to someone else’s dreams” (deixe os problemas irem para os sonhos de outra pessoa) e “stop torturing me” (parem de me torturar), mostrando o cansaço de carregar dores que não consegue compartilhar. O trecho “I start to part two halves of my heart in the dark” (começo a separar duas metades do meu coração no escuro) aprofunda a dualidade emocional do narrador, dividido entre o desejo de liberdade e a letargia. Referências como “calling my father” (chamando meu pai) e “screaming to an empty sky” (gritando para um céu vazio) reforçam a sensação de abandono e a busca frustrada por conexão. Assim, a música constrói um retrato honesto da solidão e da luta interna para ser compreendido.