HOSTAGE (they will not erase us)

Resistência e identidade em "HOSTAGE (they will not erase us)"

"HOSTAGE (they will not erase us)", de TX2, transforma o cansaço diante da opressão em um grito coletivo de resistência, especialmente para pessoas trans e a comunidade LGBTQ+. O verso “They can try to erase us / They feed lies to the nameless” (Eles podem tentar nos apagar / Eles alimentam mentiras para os sem nome) reflete o contexto de desinformação e demonização enfrentado por grupos marginalizados, algo que TX2 aborda em sua atuação junto ao The Trevor Project e ao "X Movement". A repetição de “I'm exhausted, living like a hostage” (Estou exausto, vivendo como refém) expressa o sentimento de viver sob constante ataque, mostrando que a exaustão é física, emocional e social, resultado da luta diária contra a marginalização.

A música usa metáforas diretas para denunciar a opressão sistêmica. Trechos como “The streets are lit well with fire from the oppression” (As ruas estão bem iluminadas pelo fogo da opressão) e “Corruption's got a pretty face for seduction” (A corrupção tem um rosto bonito para seduzir) mostram como a violência e a corrupção se disfarçam de normalidade, enquanto a sociedade muitas vezes é complacente. A crítica à manipulação ideológica aparece em “they keep pushing drugs that they call belief” (eles continuam empurrando drogas que chamam de crença), sugerindo que crenças impostas funcionam como vícios destrutivos. O refrão reforça a resistência coletiva, recusando a invisibilidade e a distorção da identidade. No final, versos como “I refuse to bow down I'll stand until my legs break” (Recuso-me a me curvar, vou ficar de pé até minhas pernas quebrarem) deixam claro que, apesar do sofrimento, a luta por dignidade e justiça não será abandonada, refletindo o compromisso de TX2 com a justiça social e o apoio a quem se sente "hostage" em sua própria existência.