Não Temos Medo

Coragem e resistência social em “Não Temos Medo” de Tz da Coronel

Em “Não Temos Medo”, Tz da Coronel faz uma analogia direta entre a disputa de poder nas comunidades e o universo de “Game of Thrones”, mostrando como a busca por respeito e liderança é marcada por desafios diários. Logo no início, ele afirma: “Não temos medo dos homi, meu mano / Porque somos homens também”, deixando claro que, apesar das ameaças externas e da violência, ele e os seus não se intimidam. Esse trecho reforça a coragem e a resistência diante de forças opressoras, como a polícia ou rivais, e destaca a afirmação de identidade e igualdade de quem luta por espaço e dignidade.

A música também evidencia a importância da fé como suporte emocional e espiritual. A repetição do pedido “Pai, me livra do mal e me guia na escuridão” mostra como a busca por proteção divina é fundamental para enfrentar as adversidades do cotidiano. Tz da Coronel conecta essa necessidade de proteção ao contexto de vulnerabilidade social, como em “Eu vejo a violência no meu bairro”. Ele ainda denuncia a desigualdade social ao dizer: “Várias tem muito, o dobro tem nada / Parece que tem alguma coisa errada”, apontando para a injustiça estrutural. O verso sobre não parar “até a família sorrir” resume o desejo de ascensão social e de proporcionar uma vida melhor para os seus, mostrando que a superação é coletiva e motivada pelo amor familiar.