Ratos e Cobras

Sobrevivência e desconfiança em “Ratos e Cobras” de Tz da Coronel

Em “Ratos e Cobras”, Tz da Coronel utiliza as imagens de ratos e cobras para criticar pessoas traiçoeiras e os desafios constantes que enfrenta em Cabo Frio. Esses animais, tradicionalmente ligados à falsidade e ao perigo, representam tanto rivais quanto situações adversas do cotidiano urbano. Logo no início, o artista deixa claro que a frieza emocional é uma defesa necessária: “Só posso ser frio, me desculpe, eu não tenho opção”. Essa postura é resultado das experiências nas ruas e da necessidade de se proteger das decepções e ameaças ao redor.

A repetição de versos como “Eu taco fogo e jogo lenha” e “Tz eu sei, tu tem a senha / Mas isso não impede que eles também tenha” reforça que, mesmo com experiência e conhecimento, ninguém está totalmente seguro nesse ambiente. O dinheiro surge como símbolo de conquista, mas também de sacrifício emocional: “Dinheiro ocupando o bolso, sem espaço pra emoção”. Tz da Coronel valoriza a lealdade e a transparência nas relações, destacando a importância dos amigos verdadeiros: “Pela transparência que os amigo zela”. No geral, a música retrata a luta diária por respeito e sobrevivência, mostrando que, embora a paz seja desejada, é preciso estar sempre pronto para enfrentar conflitos.