ADM

Controle e superação urbana em “ADM” do UCLÃ

Em “ADM”, o UCLÃ utiliza o termo popular das redes sociais para criar uma metáfora sobre o controle da própria vida em meio ao caos das ruas. O título, que remete ao papel de administrador (ADM) de comunidades online, é usado para ilustrar como os artistas buscam gerenciar seus próprios caminhos, conquistas e desafios, tanto na cena musical quanto no cotidiano urbano.

A letra mistura ostentação, vivências de rua e reflexões sobre sucesso e dificuldades. Trechos como “Aprendi a fazer dinheiro, mas nem sei administrar” e “Fazer dinheiro é fácil, difícil administrar” destacam a diferença entre conquistar recursos e saber lidar com eles, um dilema presente tanto no universo digital quanto na vida real. O uso de gírias e referências ao cotidiano, como “fumando droga igual asmático” e “sola da bota fumaça, jogo pro ar”, reforça a autenticidade e o clima urbano da música. Ao mesmo tempo, versos como “Família em primeiro, o resto eu quero que se foda” e “Motivação é tirar meus irmãos da boca” mostram que, apesar do tom descontraído, existe um compromisso com valores e a busca por superação das dificuldades da periferia. Assim, “ADM” amarra essas ideias ao mostrar que, mesmo sem a formalidade de um administrador tradicional, os artistas assumem o controle de suas trajetórias, enfrentando tanto as tentações quanto as responsabilidades do sucesso.