Baby I Got Issues

Relação tóxica e autovalorização em “Baby I Got Issues”

Em “Baby I Got Issues”, U/NITHSH explora o impacto emocional de um relacionamento tóxico. A repetição de frases como “No sleep, no sleep, no sleep” (Sem dormir, sem dormir, sem dormir) e “Can't breathe, can't breathe, can't breathe” (Não consigo respirar, não consigo respirar, não consigo respirar) evidencia o quanto a convivência com o parceiro é sufocante e desgastante, afetando até o sono e a paz do eu lírico. O desrespeito nas palavras do outro aparece em “I don't like the way you talk to me, saying you can talk to me however you like, I know that ain't right” (“Não gosto do jeito que você fala comigo, dizendo que pode falar comigo do jeito que quiser, eu sei que isso não está certo”), mostrando como a comunicação agressiva contribui para o desgaste emocional.

Apesar da pressão, a música traz uma virada importante com “Baby, I got issues but I love myself” (“Baby, eu tenho problemas, mas eu me amo”). Aqui, o eu lírico reconhece suas próprias dificuldades, mas destaca o amor-próprio e a decisão de se priorizar. O verso “Used to be the lowest, now I'm up” (“Já estive no fundo, agora estou bem”) reforça a ideia de superação e crescimento pessoal. No final, a frase “But I like the way you talk to me, talk to me” (“Mas eu gosto do jeito que você fala comigo, fala comigo”) sugere uma ambiguidade: mesmo ciente do mal que o relacionamento faz, ainda existe uma atração ou dificuldade de se desvincular totalmente, algo comum em relações tóxicas. Assim, a música mistura sentimentos de sufocamento, autocrítica e, principalmente, a busca por respeito e autoestima.