Pagodin [versão explícita]

Empoderamento e irreverência em “Pagodin [versão explícita]”

“Pagodin [versão explícita]”, de Valesca Popozuda, mistura o funk proibidão com elementos do pagode para criar uma atmosfera de liberdade sexual e irreverência. A música se destaca pela linguagem direta e sem rodeios ao abordar o desejo e a satisfação sexual feminina. Versos como “Tô com saudade de uma bela rola grande e grossa me botando com vontade” e “Não quero soca-fofo, eu quero forte, me machuca com maldade” colocam a mulher como protagonista ativa do próprio prazer, reforçando o empoderamento feminino e a autonomia sobre o corpo. Essa postura dialoga com a proposta do EP, que oferece diferentes versões da música para públicos variados, defendendo a liberdade de escolha e expressão.

A canção também faz uso de metáforas explícitas e bem-humoradas, como em “não tem mangueira certa que apague esse fogo louco do meu cu”, brincando com o duplo sentido entre desejo intenso e referências ao universo do pagode e do funk. A repetição de frases como “a xota pisca, o cu delira e grita: Baby, I love you” mistura humor, ousadia e afeto, mostrando que a sexualidade pode ser celebrada de forma divertida e sem tabus. Inspirada por nomes como Baco Exu do Blues e Luísa Sonza, Valesca reafirma sua identidade artística ao tratar o sexo com naturalidade e romper barreiras dentro da música popular brasileira.