A Vida É Bela

Resiliência e otimismo no cotidiano em “A Vida É Bela”

"A Vida É Bela", de Vander Lee, destaca uma postura resiliente diante das dificuldades do dia a dia, já evidente no verso “Moço, tá osso mas vou levando / Do fundo do poço vou me safando”. O artista transforma situações adversas em oportunidades de superação, reforçando sua identidade como “cantor do cotidiano”. Metáforas como “remando a canoa do jeito que dá” e “matando no peito e deixando rolar” ilustram a adaptação e a persistência, mostrando que é possível seguir em frente com leveza e criatividade, mesmo diante dos desafios.

O otimismo aparece na valorização das pequenas alegrias, como em “Aquela flor na janela pra mim declama” e “Viver é doce / Como o doce que eu trouxe depois da cama”. Essas imagens simples ressaltam a beleza dos detalhes do cotidiano, característica marcante de Vander Lee. Ao comparar a vida a uma brisa, uma flauta ou um voo de ultraleve, ele sugere que a existência é leve, passageira e cheia de possibilidades, desde que não se prenda ao pessimismo. O trecho “A vida é isso / Encher linguiça e chouriço e colher aposta / A mesa posta” brinca com a ideia de que a vida é feita de improvisos e surpresas, reforçando o tom bem-humorado e realista da canção. Assim, "A Vida É Bela" celebra a capacidade de encontrar sentido e beleza mesmo nos momentos difíceis, transformando o cotidiano em poesia.