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Maria Madalena

Vanusa

Letra

    Foi no mês de junho
    Que eu O vi pela primeira vez
    Ele caminhava pelo trigal
    Quando eu passei por perto
    Com minhas damas de companhia
    E Ele estava sozinho.

    O ritmo do seu andar
    era diferente
    Do andar dos outros homens
    E o movimento de seu corpo
    Não se assemelhava a nada
    Que eu já tivesse visto
    Os homens não caminham
    sobre a Terra daquela maneira.

    Parei meu passo
    Por um momento
    E levantei a mão para saudá-Lo
    Mas Ele não voltou a face
    E não me olhou
    E eu odiei-o!

    Foi no mês de agosto
    Que eu O vi novamente
    Estava sentado
    à sombra do cipreste
    Imóvel, como se tivesse
    sido talhado em pedra
    Minha alma estremeceu
    Ele era belo
    E era tudo,
    O que era terra em mim,
    E tudo que era céu em mim,
    O meio dia dos seus olhos
    pousou em mim
    e Ele disse:
    "Todos os homens te amam
    por si mesmos,
    Eu te amo por ti mesma!"

    E afastou-se caminhando
    E eu não sabia,
    Mas naquele dia
    O poente dos seus olhos
    matou o dragão
    Que havia em mim
    E tornei-me uma mulher
    Tornei-me Mírian,
    simplesmente,
    Madalena morreu!!!

    OBS.: Integra o elepê
    Vanusa 30 anos - 1977.
    Poema encontrado no livro
    "Jesus o Filho do Homem"
    de Gibran Khalil Gibran.

    Composição: Adaptação / Poema De Gibran Khalil Gibran / Vanusa. Essa informação está errada? Nos avise.

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