Trovoada

Renovação e esperança no sertão em “Trovoada”

“Trovoada”, de Vavá Machado e Marcolino, utiliza imagens da natureza, como a chuva, para simbolizar tanto o ciclo agrícola quanto a esperança de renovação no sertão. O verso repetido “A chuva chove, molhando a face da terra” destaca a importância dos fenômenos naturais para a vida e o trabalho do homem do campo, mostrando que o sucesso rural depende diretamente dessas condições.

A letra também incentiva práticas agrícolas sustentáveis e o desenvolvimento rural. O trecho “A desmatar os campos que estão ruins, plantar palma e capim pra engordar a boiada” sugere o uso racional da terra, substituindo áreas improdutivas por culturas que favorecem a criação de gado. O pedido para que o “doutor aplique esta agronomia” e “ensine de noite a dia a nossa sertanejada” valoriza o conhecimento técnico e a educação agronômica como caminhos para a transformação social. O otimismo aparece no chamado coletivo para a plantação, relacionando a produção de alimentos ao combate à inflação e ao progresso do país: “Vamos fazer plantação, que tendo alimentação a inflação é naufragada”. Assim, “Trovoada” vai além de retratar o cotidiano rural, tornando-se um hino de incentivo ao trabalho, à união e à busca por melhores condições de vida no campo.