Mandraka

Contrastes e liberdade noturna em “Mandraka” de Veigh

Em “Mandraka”, Veigh explora o universo dos bailes urbanos, destacando o contraste entre a sofisticação aparente e a atmosfera de desejo e sedução. A menção ao perfume “La Vie Est Belle” como “cheiro da maldade no ar” mostra como um símbolo de elegância pode ganhar um novo significado no contexto da noite, sugerindo mistério e atração. Elementos como bebidas (“Jack Daniel’s”, gin) e acessórios chamativos (“enfeite dourado que eu carrego no pescoço”) ajudam a construir o cenário de festa, onde a busca pelo prazer é aberta e sem julgamentos.

A música gira em torno do flerte e da conexão imediata entre o protagonista e uma mulher, evidenciada por olhares, gestos e pequenos rituais típicos do baile, como mostrar as unhas ou perguntar sobre o vestido. A repetição de ações como “bolo outro” (preparar outro cigarro de maconha) reforça o clima descontraído e hedonista da noite. A referência ao artista Kevin, provavelmente MC Kevin, insere “Mandraka” em um contexto cultural específico, reconhecendo as influências do funk e do trap. Assim, Veigh celebra a liberdade, o prazer e a intensidade dos encontros noturnos, traduzindo o espírito dos bailes urbanos em uma linguagem direta e envolvente.