Masquerade

A dualidade e a busca por verdade em “Masquerade”

Em “Masquerade”, do Versailles, a metáfora do baile de máscaras expõe a dificuldade de ser autêntico em um mundo onde todos escondem suas emoções e intenções. O uso do termo "masquerade" (baile de máscaras) destaca essa crítica à superficialidade, mostrando como as pessoas preferem se proteger atrás de aparências. O contexto do álbum "Holy Grail" é importante: a entrada de um novo baixista após a morte de Jasmine You trouxe à banda temas de luto, busca por identidade e superação, que aparecem na letra ao tratar da fragilidade da verdade e do desejo de encontrar sentido no caos. Isso fica claro no trecho: “ああ、ひび割れた真実が 今舞踏家で崩れてゆく” (“Ah, a verdade rachada agora desmorona no salão de baile”).

A música também se conecta ao filme “Vampire Stories: Brothers”, explorando a dualidade entre aparência e essência, vida e morte, luz e escuridão. O verso “この世はマスカレード 仮面をつけた 魂たちが踊る舞踏会” (“Este mundo é um baile de máscaras, almas mascaradas dançam no salão”) reforça a ideia de que todos participam desse jogo de esconderijos, onde apenas “os olhos refletem o verdadeiro você”. A repetição de “I can't leave you alone when I close my eyes” (Não consigo te deixar sozinho quando fecho meus olhos) mostra o desejo de conexão real, indo além das máscaras. O tom melancólico da letra, junto à atmosfera sombria da melodia, cria uma sensação de nostalgia e esperança, convidando o ouvinte a buscar a verdade e a vulnerabilidade em meio à ilusão coletiva do "masquerade".