Cuánta Soledad Tengo de Ti

Quanta Solidão Tenho de Você

Cuánta Soledad Tengo de Ti

Traga a camisa vermelha, tralarará, tralararáTraiga la camisa roja, tralarará, tralarará
De sangue de um camarada, olhaDe sangre de un compañero mira
Olha maruxina, olha, olha como eu chego...Mira maruxina mira, mira como vengo yo...

Se eu digo que pesa seu olharSi digo que me pesa tu mirada
A umidade que há na sua alma, digo pátria,La humedad que hay en tu alma, digo patria,
Seus julgamentos implacáveis, tanto tem, tanto valeTus juicios implacables, tanto tienes tanto vales
Respirando para seus filhos até o ar.Respirándole a tus hijos hasta el aire.

O tempo e a distância não te mudamEl tiempo y la distancia no te cambian
Você se defende de quem te ama, digo pátria,Te defiendes de quien te ama, digo patria,
Às vezes basta só uma palavra que me leveA veces basta solo una palabra que me lleve
Alguma nuvem que me molhe de nostalgia.Alguna nube que me empape de nostalgia.

Quanta solidão tenho de vocêCuánta soledad tengo de ti
Terra minha, aqui e ali...Tierra mía aquí y allí...

Às vezes te imagino como uma auroraA veces te imagino como un alba
Tão nuvem branca, imaculadaTan desnudamente blanca, inmaculada
Te invento como quero que você sejaTe invento como quiero que tú seas
A janela sempre aberta por onde entram as estrelas.La ventana siempre abierta por donde entren las estrellas.

Às vezes arranhando sua cascaA veces arañando en tu corteza
Descobrimos sua verdadeira estaturaDescubrimos tu estatura verdadera
Suas neves da laranjeira quase eternasTus nieves del naranjo casi eternas
Como o fogo daquela fogueira onde você queima e nos queima.Como el fuego de esa hoguera donde te ardes y nos quemas.

Ao norte, além do horizonteAl norte más allá del horizonte
Quando tudo me abandonar, digo pátria,Cuando todo me abandone, digo patria,
Ao norte dará sombra algum cerejeiraAl norte dará sombra algún cerezo
Às cinzas que meus sonhos espalharam pelo vento.A las cenizas que mis sueños esparcieron por el viento.