El 3 (part. Oscar Maydon)

Poder e violência no universo de “El 3 (part. Oscar Maydon)”

"El 3 (part. Oscar Maydon)", de Victor Mendivil, explora a ostentação de poder e a exibição de impunidade no contexto do crime organizado mexicano. O protagonista se apresenta como alguém que domina regiões como Vallarta e GDL, reforçando a hierarquia e o controle dos cartéis. Termos como “AK’s”, “SCAR” e “equipo exclusivo de SEDENA militar” indicam não só o acesso a armamento pesado, mas também uma proximidade com estruturas militares, sugerindo o alto nível de sofisticação e influência desses grupos.

A letra faz referência direta a figuras reais do narcotráfico, como “Mencho” (Nemesio Oseguera Cervantes), e destaca o orgulho e a lealdade à cultura do crime, como em “Orgulloso de Michoacán, van con la orden de matar”. O protagonista se coloca acima de autoridades e antigos chefes, evidenciado em versos como “Tengo más huevos que feria y eso que tengo millones / Más que los capos de antes, más que los gobernadores”, mostrando uma postura desafiadora e de superioridade. Expressões como “póngase bien vergas” e ameaças explícitas de violência, como “pa’ los putos que la jueguen, pa’ la fosa comunal”, deixam claro que o respeito é imposto pelo medo e pela força. A repetição de nomes de cidades serve para marcar território, enquanto a ostentação de riqueza, como “un relojito de un millón / Del Richard, tipo Travis”, reforça o status conquistado nesse ambiente violento.