Rosa (part. La Joaqui y Luis R Conriquez)

Referências pop e ostentação em “Rosa (part. La Joaqui y Luis R Conriquez)”

Em “Rosa (part. La Joaqui y Luis R Conriquez)”, Victor Mendivil, junto de La Joaqui e Luis R Conriquez, constrói uma narrativa marcada pela rebeldia e pelo desafio às normas sociais. A identificação com personagens como Harley Quinn e o Guasón (Coringa) aparece em versos como “Harley Quinn en Ciudad Gótica”, trazendo para a música a ideia de ousadia, imprevisibilidade e independência. Essas referências do universo dos quadrinhos são usadas para reforçar uma identidade forte e fora do comum, típica do trap e dos corridos tumbados, estilos que valorizam a autenticidade e a transgressão.

A letra mistura ostentação e elementos do luxo contemporâneo, citando perfumes como “Love by Kilian” e “Baccarat”, além de marcas de carros e roupas. O cotidiano retratado envolve festas, consumo de drogas sintéticas — sugerido por expressões como “empolvada rosa” e “pelotitas rosas” — e negócios arriscados. A frase “armas que nos cuidan como si fueran de Fortnite” (armas que nos protegem como se fossem do Fortnite) faz uma ponte entre o universo dos games e a realidade violenta dos personagens. O tom direto e descontraído, presente em versos como “me compré un penthouse” (comprei uma cobertura) e “cerramos los restaurantes” (fechamos os restaurantes), celebra o sucesso financeiro e a ascensão social, mas sem esconder o clima de perigo e transgressão. A música retrata, assim, o estilo de vida de uma juventude urbana que busca prazer, poder e reconhecimento, mesmo diante dos riscos e contradições desse caminho.