On My Mama

Orgulho e herança familiar em “On My Mama” de Victoria Monét

Em “On My Mama”, Victoria Monét transforma autoconfiança em uma afirmação de identidade e herança. O verso “I put that on my own mama, on my hood, I look fly, I look good” destaca não só o orgulho pessoal, mas também a ligação profunda com suas origens e a cultura negra americana. A expressão “on my mama” é uma gíria usada para dar ênfase e autenticidade ao que se diz, especialmente em comunidades negras dos Estados Unidos, mostrando que a autoestima de Monét é algo sério e inegociável.

A música também homenageia a influência positiva da mãe da artista, como no trecho “When they say: She get it from her mama, I'ma say: You fuckin' right” (“Quando dizem: Ela puxou à mãe, eu vou dizer: Você está absolutamente certo”). Aqui, Monét transforma a herança materna em motivo de orgulho, tanto na aparência quanto na atitude. O uso do sample de “I Look Good” de Chalie Boy traz uma referência nostálgica à cultura do sul dos EUA, enquanto o videoclipe reforça o empoderamento feminino ao mostrar três gerações da família de Monét. Escrito durante um período de depressão pós-parto, o single converte vulnerabilidade em força, como no verso “Reflection in the mirror don't decline, I can't even lie, lie, lie” (“O reflexo no espelho não diminui, não posso nem mentir”). Assim, “On My Mama” se torna um hino de amor-próprio, resistência e celebração das raízes, inspirando confiança em quem ouve.