Samba-Enredo 1988 - Kizomba, Festa da Raça

Kizomba, a Celebração da Liberdade e da Cultura Afro-Brasileira

A música 'Samba-Enredo 1988 - Kizomba, Festa da Raça', interpretada pela escola de samba G.R.E.S Unidos de Vila Isabel, é uma poderosa homenagem à cultura afro-brasileira e um grito de celebração pela liberdade. A letra começa exaltando a figura histórica de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que se tornou um símbolo da resistência contra a escravidão no Brasil. A menção a Zumbi sugere a influência de sua luta na abolição da escravatura, marcando a importância de reconhecer as raízes africanas na formação da identidade nacional.

O refrão 'Hoje a Vila é Kizomba' refere-se à festa e à união, onde 'Kizomba' é uma palavra de origem angolana que significa acordo ou festividade. A música celebra a riqueza cultural afro-brasileira através de referências a danças e ritmos como o jongo, maracatu e caxambu, além de mencionar figuras históricas como Nega Mina e Anastácia, mulheres que resistiram à opressão da escravidão. A letra também faz uma crítica ao apartheid, sistema de segregação racial que existiu na África do Sul, desejando sua destruição e enfatizando a sede de justiça e igualdade.

A canção é um hino à diversidade e à inclusão, conclamando todos a se unirem em uma mesma emoção, independentemente da raça. A 'Kizomba' é comparada à Constituição, sugerindo que a celebração da cultura afro é um pilar fundamental da sociedade brasileira. A música termina com uma imagem poética da 'Lua de Luanda', que ilumina e abençoa a celebração, reforçando a conexão com as raízes africanas e o desejo de um futuro onde a igualdade prevaleça.