O Flete dos Meus Sonhos
Vilton e Nórton
O flete dos meus sonhos, bate casco pede arreios
Pra cavalgar de rédeas soltas, na tropilha dos anseios
Vem espantar o meu sono e transformar-se em canção
Vem espantar meu sono e transformar-se em canção
O flete dos meus sonhos, bate cascos, pede arreio
Pra cavalgar de rédeas solta, na tropilha dos anseios
Pisa as estrelas na fonte, onde bebem os vagalumes
Nas madrugadas de orvalho, correndo saltando tapumes
Vai flete, vai flete
De rédeas soltas ao léu
Vai flete, vai flete
De rédeas soltas ao léu
Meu flete cabresteia, não aceitando o freio
Que pra repontar a saudade, já basta o peso do arreio
Galopa em disparada, cruza a invernada da vida
Procura um Galpão Crioulo, na busca de uma guarida
Vai flete, vai flete
De rédeas soltas ao léu
Vai flete, vai flete
De rédeas soltas ao léu
Declamado
Ouço o trote do flete no brete do pensamento
Trazendo mil regalos, lembrando amores passados
Quantas juras de amor, nas vertentes das cacimbas
No transbordar das moringas, esquecidas pelo tempo
O vento xucro desponta, na linha do horizonte
O baio sacia a sede nas águas claras da fonte
Vai lamber o sal do tempo e seguir rumo a coxilha, pra se livrar dos arreios
Que amanhã é outro dia
Vai flete, vai flete
De rédeas soltas ao léu
Vai flete, vai flete
De rédeas soltas ao léu
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