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exibições de letras 22

Avenida Brasil

Vincent

Eu não tenho tempo a perder
Meu pavio é curto, tenho que correr
Seu caminho de surto não te faz crescer
Pode crer, falo sério
Sem mistério, todos eles caem no tédio
Falam merda sem critério
Agora eu vejo eles entrarem no necrotério
Como não ficar puto? Foda-se a fama e o mundo!
Difícil ser real nesse mundo de ilusão
Escrevam histórias como Braga Netto
Por que esse ouro é meu brilho?
Por que fui o escolhido?

Passando as férias em Paraty com a Paty
Tu dúvida? Fui mesmo!
Minha estadia foi foda
Minha ascensão é agora
Todos sabem que sou o último poeta brasileiro
Com o flow de Fábio Assunção
Tô cansado nego
Me aposentando nego
Minhas palavras parecem criptografadas nego
E é o que me dá desespero

Garrafa chilena, ela muda sua fala
Ela quer voar mas mal sabe andar
Tem medo do diabo? Vai ficar de fora
Aqui o Rio tem sempre algo que te apavora
Tô fazendo isso pela minha família
Fui atleta apenas pra ganhar ginga
O tempo de militar, já até queriam me imitar
Já era tendência por isso roubaram minha camisa
Tá que pariu, sou foda!
Só uma pergunta: Essa mina de boca aberta não é aquela que peguei lá fora?
Eu tô brincando de verdade
De verdade

Caraca! Esse dá pra fazer um refrão

Lalai lalai lalai lalai lalai lala
Lala lala lala lalai

Sou o cara do momento certo
Odeiam preto nessa porra
Por isso sempre tem um branco de terno
40 Graus, o ano todo
E eu uso meu casaco de pele
É pra invejar mesmo essa porra
Na favela sou exemplo dos moleques
Corram atrás dos seus sonhos
Pelo menos faça um se realizar
Quando olharem pra mim
Você vai ter algo pra se orgulhar
Os amigos do João agora são meus prometers
Os amigos do Vincent são quem fazem me cantar a noite toda
Pois ainda sou de verdade
O mundo me paga, mas ainda sou de verdade
Querem me sentir na pele?
Querem saber como matar minhas ideias em série?
Mas acho isso tão estúpido
Ridículo são esses caras levarem seus compositores no estúdio
Não sou como esses bunda
Dinheiro é recompensa pra minhas letras tão profundas
Nem quero falar seus bundas sujas!
Fazer minha história ou contar de quem viu
As histórias das pessos que passam pela Avenida Brasil
Não sou rato pra andar em esgoto
Cada selfie que tiraram comigo eu os tornei mais famoso
Tô tentando ser humilde
De Santa Cruz pro Caju, eu já vi crime
Avenida Brasil era tema pra alguns grimme
Você pode vir, falar mal e até me odiar
Mas você vai ter que me pagar
Deixe eu falar, espera um pouco
Descobri como
O mundo da voltas neguinho
Por isso sempre chego e somo
E sumo, cheio de mina nos meus shows
Flow tao frio, são assim que saí meus versos

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