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exibições de letras 13

No silêncio do quarto
Respira o escuro
As voltas ao colchão
O pensamento farto
Mas puramente cru
É aquela visão!

Invade um sonho sem pedir
Preenchendo o breu
Traz no sorriso a nudez
De quem deseja sentir
O inferno e o céu
De uma só vez

Inês! Inês! Inês!
Teu nome estala a memória
E rasga o peito!
Inês, és fogo, mas não vês
Não sabes, mas és história
Poema, com defeito

Mãos que se usam
Suores que afluem
Carnes que se misturam
Ideias que se abusam
E poluem o ar que procuram

Inês! Inês! Inês!
Teu nome estala a memória
E rasga o peito!
Inês, és fogo, mas não vês
Não sabes, mas és história
Poema, com defeito

Não há dor nem mundo
Há só aquele lugar
E aquele momento sem hora
Contudo, em não rotundo
Acerca-se o acordar
Do agora, agora!

Não há palavra solta
Nem fio há, nem novelo
Mas há laços
Sabe-se lá com que volta
Beijos, lábios e cabelos
Envolvidos em quatro braços

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