Meu Orgulho 2

Solidão e superação em "Meu Orgulho 2" de VMZ

Em "Meu Orgulho 2", VMZ explora como o orgulho pode ser tanto uma proteção quanto uma barreira. O verso repetido “Tão só, não bem / Eu fui moldado por orgulho, mano” mostra que o artista vê o orgulho como uma defesa contra a dor, mas também como algo que o isola. Ele fala sobre um ciclo de solidão e autodefesa, onde sentimentos como raiva e orgulho surgem após experiências de traição e abandono, evidenciado em “Vi que o tempo não afaga as minhas dores / E se hoje abraço o nada / É porque eu já perdi tudo”. O contexto digital e a busca por reconhecimento reforçam que essa solidão é uma luta interna constante para VMZ.

A letra também critica a superficialidade e a hipocrisia do meio artístico. Em “Vi tanta gente suja me estender a mão / Prometer que eu ia ter hype / Fama, turnê e dinheiro / E quando tudo em minha vida parecia um furacão / Ignoraram minha existência”, VMZ expõe a dificuldade de confiar nas pessoas ao seu redor, o que aprofunda seu isolamento. Mesmo assim, ele se recusa a agir como aqueles que o decepcionaram: “Mesmo com ódio prometi ser diferente / Quando eu tiver o mesmo nível / Não vou cometer esse erro”. O orgulho, nesse contexto, é ambíguo: serve de força para resistir, mas também limita as conexões verdadeiras.

A música equilibra vulnerabilidade e determinação. O medo do fracasso aparece em “Pois, pai, se meu plano falhar? / Eu juro que eu fico no chão / Tenho medo de fracassar”, mas é compensado pela vontade de não desistir e de construir um legado autêntico. O refrão “Baby, eu vivo só” resume esse sentimento de solidão consciente, onde VMZ reconhece suas dores, mas reafirma sua força e individualidade, mantendo o tom introspectivo e motivacional que marca seu trabalho.