Playboy

Contrastes sociais e superação em "Playboy" de VMZ

Em "Playboy", VMZ desconstrói o estereótipo do termo no Brasil ao mostrar que, mesmo ostentando marcas de luxo como Balenciaga e Prada, ele não esquece suas origens humildes, representadas na frase “pés sujos com essa lama”. O contraste entre o luxo e a lama evidencia que o sucesso material não apaga as dificuldades do passado, e que ser chamado de "playboy" é uma tentativa superficial de desvalorizar as conquistas de quem veio de baixo. VMZ reforça que sua ascensão é resultado de esforço e superação, como destaca nos versos: “Não peguei atalho / Eu vou ser um jovem milionário / No monopólio eu juro que eu não falho / Eu gerei trabalho”.

A música também aborda o preconceito enfrentado ao ocupar espaços antes negados a pessoas de sua origem, como na passagem “Eu ouvia aquele segurança / Falar que o neguim tá com a Prada”. A letra denuncia a hipocrisia de quem só o rotula de ganancioso após o sucesso, ignorando o passado de dificuldades. Ao se autodenominar “vingança dos meus ancestrais” e “plebeu em ascenção”, VMZ se coloca como símbolo de mudança social, incentivando outros a desafiar o preconceito e a desigualdade. As referências à cultura pop, como Tony Stark e Kaioken, reforçam a ideia de reinvenção e conquista por mérito próprio. Além disso, a recusa em assinar com gravadoras e a valorização da independência artística mostram sua autenticidade diante do mercado musical.