Vivendo No Automático

Solidão e busca por sentido em “Vivendo No Automático”

Em “Vivendo No Automático”, VMZ retrata a sensação de apatia e desconexão diante da rotina. A metáfora “sou um pinóquio sem Gepeto” expressa de forma direta o sentimento de estar perdido, sem alguém ou algo que ofereça propósito ou direção. O artista se descreve como um "bonequinho vazio", vivendo no piloto automático, sem controle sobre a própria vida.

A letra aborda o passar do tempo de maneira melancólica, como nos versos “da janela eu vejo passar as estações” e “olhando pra janela, o tempo que eu perdi”. Esses trechos mostram um distanciamento da própria existência, como se a vida estivesse passando sem participação ativa. O verso “seu tempo é ouro e o meu areia, escorre pelos dedos e nem semeia” aprofunda a sensação de impotência, comparando o valor do tempo dos outros com o próprio sentimento de desperdício. O pedido de ajuda em “alguém me dê vida e me tire daqui” revela o desejo de reencontrar sentido e vitalidade. Já a referência à infância em “talvez se eu me alimentar de boas esperanças, tudo vai passar, que nem quando eu era criança” mostra uma busca nostálgica por tempos mais simples e esperançosos. Assim, a música traduz de forma clara o estado de alienação e a busca por propósito diante da rotina e da perda de direção.