Cannibal (feat. Anders Fridén)

Conflito interno e autodestruição em “Cannibal (feat. Anders Fridén)”

Em “Cannibal (feat. Anders Fridén)”, da banda VOLA, a repetição da frase “You summoned a cannibal” (“Você invocou um canibal”) destaca uma autocrítica intensa, sugerindo o despertar de um lado sombrio e destrutivo dentro de si mesmo ou de outra pessoa. As imagens presentes na letra, como “A burning crow gliding” (“Um corvo em chamas planando”) e “A cyanide beehive / A fentanyl landslide plague” (“Uma colmeia de cianeto / Uma praga de avalanche de fentanil”), criam uma atmosfera de decadência, toxicidade e autodestruição. Esses elementos dialogam com a influência do death metal melódico, gênero conhecido por abordar temas existenciais e sombrios.

A participação de Anders Fridén, vocalista do In Flames, reforça o peso emocional da música, já que ele é reconhecido por letras introspectivas e densas. Trechos como “Your eyes have gone hiding in your head” (“Seus olhos se esconderam em sua cabeça”) sugerem um afastamento da realidade ou a recusa em encarar consequências. Já “This Sun is so incomplete always” (“Este sol está sempre tão incompleto”) expressa uma sensação constante de vazio ou insatisfação. O termo “cannibal” funciona como metáfora para comportamentos autodestrutivos ou relações em que alguém consome emocionalmente o outro. A referência a um “underfed animal” (“animal subalimentado”) reforça a ideia de impulsos reprimidos que, ao serem liberados, tornam-se incontroláveis. Assim, a música explora o conflito interno entre desejo, culpa e a busca por completude em meio ao caos emocional.