Servo Inútil

A Humildade e a Submissão em 'Servo Inútil' de Wagner Roberto

A música 'Servo Inútil' de Wagner Roberto é uma profunda expressão de humildade e submissão à vontade divina. A letra começa com a declaração de que não foi o cantor quem escolheu Deus, mas sim Deus quem o escolheu: 'Não foi eu quem te escolhi, mas o senhor quem me escolheu'. Esta passagem reflete uma ideia central no cristianismo, encontrada em João 15:16, onde Jesus diz: 'Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi a vós'. A escolha divina é um tema recorrente na teologia cristã, enfatizando a soberania de Deus e a dependência humana.

A metáfora do barro nas mãos do oleiro, 'Como barro nas mãos do oleiro em suas mãos, assim sou eu', é uma referência direta a Isaías 64:8, onde Deus é descrito como o oleiro e os seres humanos como o barro. Esta imagem simboliza a total submissão e moldabilidade do ser humano nas mãos de Deus, destacando a necessidade de se deixar ser moldado pela vontade divina. A letra continua a enfatizar a humildade do servo, que reconhece que tudo o que possui e faz é obra de Deus: 'Eu não tenho, eu não posso, eu não faço, é o Senhor quem faz'.

A música também aborda a questão do reconhecimento e da glória, com o cantor expressando o desejo de ser apenas um instrumento nas mãos de Deus: 'Eu não quero reconhecimento, quero ser apenas instrumento'. Esta atitude de humildade é reforçada pela oração para que Deus cresça e ele diminua, ecoando as palavras de João Batista em João 3:30: 'É necessário que ele cresça e que eu diminua'. A letra conclui com um desejo de se esconder atrás da cruz de Cristo, para que o mundo veja Jesus e não o servo: 'Deus eu quero me esconder sempre atrás da sua cruz pra que quando o mundo me olhar possa te contemplar e conhecer Jesus!'. Esta é uma poderosa declaração de humildade e serviço, lembrando ao ouvinte que a verdadeira exaltação vem da submissão e do serviço a Deus.